segunda-feira, 5 de abril de 2010

Para entender como os campos de atuação de um designer se relaciona com os sentidos humanos, o primeiro passo a ser dado é compreender a definição de design.

O que é design?

Como a Wikipédia já nos diz, a denominação de design é qualquer processo criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato.
Consequentemente, uma profissão com definição tão abrangente abre espaço para que nos deparemos com de designers que fogem do convencional (designer de projeto de produto, designer gráfico) como designer de unha, hair designer, designer gastronômico.
Porém, o que queremos mesmo abordar é a relação que as áreas de design têm com os cinco sentidos.

A principal relação entre o design e os sentidos está no fato de que, sem esses últimos, o design não chega até as pessoas. Falando de forma mais clara, o profissional do design terá como principal foco a percepção do ser humano. E como isso é feito? Por meio da audição, visão, olfato, tato e paladar.

Visão

Iniciando por um dos sentidos de maior influência e de grande destaque na sociedade atual, a visão será o sentido mais usado pelo designer para atingir seu cliente.
Como podemos observar na foto abaixo, a imagem foi modificada para agradar os olhos do espectador. Por mais que a questão da estética seja um assunto que abre espaço para debates, não será essa a direção que tomaremos. A questão é que o profissional produziu uma imagem que deixará, por meio dos olhos, o indivíduo com água na boca. Esse efeito mostra também que as funções dos sentidos estão interligadas, o que abre mais ainda as possibilidades de atuação de um designer.


































Olfato

Um trabalho bem conhecido em que se tem o olfato inserido no design é a linha de brinquedos da Moranguinho. O fato de a boneca ter um cheiro artificial de morango é o seu diferencial e um atrativo a mais para as crianças.




















Tato

Para deixar a visão um pouco de lado, mostrarei um exemplo que exclui esse sentido e se foca no tato e na audição combinados, a câmera para cegos.



Por mais estranho que pareça, a "Touch Sight", projetada por Chueh Lee da Samsung China, agrega um mundo de possibilidades de sensações para os cegos. Ao invés do LCD, o “monitor” utilizado será uma folha Braille display flexível que exibirá as imagens capturadas em 3D, fazendo com o que a pessoa sinta por meio do toque o que fotografou. Além disso, já entrando em questões de audição e design, a câmera possui a capacidade de armazenar 3 segundos de áudio do ambiente em conjunto com a foto, permitindo uma imersão ainda maior do consumidor.

(Para mais informações acesse o blog http://www.yankodesign.com/2008/08/13/this-camera-is-outta-sight/)

Audição

Mais uma vez tocando nas questões de um design voltado para os cegos, o produto abaixo procura solucionar melhor por meio do áudio o que sempre foi solucionado por meio do tato.
O cego ao se deparar com a ação de encher um copo utiliza a ponta de seu dedo para ver em que nível o líquido está. Como um método alternativo, os designers Sang-hoon Lee e Yong-bum Lim fizeram um protótipo de caneca que possui três botões em sua alça. Cada botão corresponde a um nível, respectivamente, um terço, dois terços e três terços da caneca. Depois de escolher qual porcentagem de líquido desejada, na medida em que se atinge o nível programado uma campainha toca. Isso possibilita ao cego uma maneira realizar o ato de se servir de bebida sem ter que sujar seu dedo, ou até mesmo sem se queimar, se for o caso da bebida ser quente.



Paladar

Para dar um exemplo de design que utiliza o paladar como ferramenta, pensei em duas possibilidades: ou eu falava de um produto que estaria diretamente ligado a boca ou falava de algo que simplesmente se utilizasse de estimulo ao paladar feito por outro sentido.
Para retratar trabalhos de design ligados diretamente à boca tem-se o exemplo da chupeta. A chupeta é um produto voltado para um público delicado e exigente, que não fará nenhuma cerimônia se for desagradado. Por se tratar de um objeto que fica em contato diretamente à língua, é necessário que o designer pense na questão do paladar e faça uma chupeta de modo que o gosto dessa seja o mais neutro possível.



Quanto ao produto que utiliza outro sentido até chegar ao paladar, pensei em usar como exemplo o gloss labial com sabor. Geralmente os “glosses”, principalmente os voltados para o público adolescente, possuem um odor que simula algum alimento como fruta, chicletes etc. O sabor artificial que o gloss tem torna-se um estímulo a mais na hora de escolher qual produto comprar.



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